2/08/2018
Notícias.

Meirelles, Amoêdo e Alckmin defendem o investimento na educação básica

Na segunda-feira, dia 30, o Centro de Liderança Pública realizou um encontro para celebrar os seus 10 Anos de Atuação em prol da melhoria da Gestão Pública. Intitulado “Brasil presente, um país do futuro”, o encontro aconteceu para sua rede de apoiadores onde a organização apresentou sua nova marca e um painel com os presidenciáveis, que contou com a participação de Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (NOVO). Os demais candidatos Álvares Dias, Ciro Gomes, Fernando Haddad, Jair Bolsonaro,  Manuela D’Ávila e Marina Silva também foram convidados, porém não puderam comparecer por conta de agendas externas..

O painel foi mediado pela jornalista Thaís Herédia, que priorizou perguntas sobre temas centrais como saúde e educação e pautas relacionadas à estrutura e administração pública, como gestão de pessoas no poder público e reformas de Estado.

Sistema Eleitoral

Dentre as reformas que possuem projetos de lei em andamento no Congresso, a discussão girou em torno de 2 deles: modelo de escolha dos representantes do Legislativo (vereadores e deputados federais e estaduais) e quanto à Previdência Social.

Geraldo Alckmin lembrou de que as coligações proporcionais não acontecerão mais a partir das eleições de 2020. A regra proíbe que partidos façam alianças para disputar as eleições e somem o tempo de rádio e TV a que têm direito.  Para o candidato, isso vai diminuir o poder dos “ganchos eleitorais”, personagens responsáveis por puxar votos e levar outros candidatos da sua coligação para o pleito, como o famoso caso do deputado Tiririca, que levou mais 2 candidatos com sua expressiva votação.

O candidato do PSDB ao Planalto também defendeu a adoção do voto distrital misto, sistema também defendido pelo candidato do NOVO, João Amoêdo.

Já Henrique Meirelles também defendeu mudanças no sistema eleitoral, mas opta pelo voto distrital puro, por acreditar que conecta mais a população ao seus representantes.

 

Sistema Proporcional, Distrital Puro e Distrital Misto

 

O sistema atual de escolha dos cargos de vereador e deputado estadual e federal no Brasil é o sistema proporcional, no qual vota-se em um candidato, mas é o número de votos do partido e coligação da qual esse candidato faz parte que realmente importa. Computada a votação na coligação e no partido, são definidas quantas vagas cada partido terá nas Câmaras dos Vereadores, Assembléias Legislativas e na Câmara dos Deputados.

Esse sistema é criticado por permitir que candidatos que tiveram poucos votos, mas fazem parte de uma coligação que recebeu muitos votos, ganhem o pleito em detrimento daqueles que tiveram uma votação mais expressiva, porém, fazem parte de uma coligação menor.

O voto distrital promete uma diminuição nos valores das campanhas, permitindo que candidatos com menos recursos financeiros possam ser eleitos, e uma aproximação do eleitor e do candidato, uma vez que os eleitores votariam no candidato do seu distrito.

Funciona assim com o voto distrital puro: nunca cidade que tem 10 cadeiras para vereadores, divide-se a cidade em 10 distritos; cada partido lançaria um candidato em cada distrito, e o representante eleito seria aquele que recebeu o maior número de votos.

Acredita-se que com isso, o eleitor entenderia melhor como foi eleito o seu representante e o tornaria os candidatos mais próximos do eleitorado, uma vez que as pessoas votariam em uma pessoa mais próxima e está no convívio daquele distrito específico.

O voto distrital misto é a união do sistema proporcional com o voto distrital puro. Acontece assim: nessa mesma cidade, a população votaria duas vezes, uma vez em um candidato do seu distrito e outra vez em um partido político. A cidade agora seria dividida em 5 distritos, onde cada distrito elegeria seu representante e as 5 cadeiras remanescentes seriam ocupadas pelos partidos que receberam mais votos, de acordo com o quociente eleitoral.

 

Previdência Social

Quanto à reforma da Previdência, todos os candidatos presentes defenderam mudanças já no início de 2018.

Tema polêmico que teve grande rejeição popular frente à tentativa do governo Temer em mudar as regras previdenciárias, no painel do dia 30, Alckmin, Amoêdo e Meirelles não exitaram em defender uma reforma do sistema.

As alegações para uma reforma da Previdência são baseadas no déficit de R$ 268,8 bilhões em 2017, se considerado o INSS e os servidores públicos da União, a grande desigualdade do sistema previdenciário público e privado e o envelhecimento da população – uma vez que os trabalhadores em atuação é que financiam o benefício dos aposentados.

O candidato do MDB, Henrique Meirelles defendeu a atual proposta de reforma do governo Temer, que foi desenhado por sua equipe econômica. Meirelles afirma acreditar na aprovação da proposta como está logo após as Eleições de 2018.

O candidato do NOVO, João Amoêdo disse que a Reforma da Previdência seria prioridade do seu governo.

Geraldo Alckmin (PSDB) citou uma agenda de reformas que pretende implementar se eleito, como simplificação tributária, reforma política, reforma do Estado e reforma da Previdência.

O candidato chamou o atual sistema previdenciário de Robin Hood ao contrário, que tira dos pobres para dar para os ricos. Como justificativa, comparou o valor médio pago pela Previdência privada e do setor público, enquanto a primeira repassa em média R$ 1.391 mensais ao aposentado, a Previdência do setor público repassa para os aposentados do Legislativo Federal em média R$ 27.000 mensais.

 

Confira a proposta dos três presidenciáveis para a reforma política e previdenciária:

 

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