Inspirado na proposta da ONU, em 2015, o Governo de São Paulo criou o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (MPST) com o objetivo de seguir a diretriz internacional de reduzir pela metade as vítimas fatais de trânsito até 2020. O programa é coordenado pela Secretaria de Governo em conjunto com mais nove secretarias estaduais, parceiros da iniciativa privada e organizações do terceiro setor, como o CLP.
Para atingir essa meta, foram estabelecidos convênios com mais de 100 municípios do estado que constituem o maior número de óbitos e representam 78% da população paulista, ou seja, 69% dos óbitos do estado.
Desde de 2016, o CLP trabalha junto ao Governo do Estado de São Paulo a fim de viabilizar as ações de governança, controle de dados, criação e desenvolvimento de equipe.
Em 2018, foi criado o curso Formação de Líderes em Segurança no Trânsito uma capacitação constituída de dois módulos, Gestão e Liderança e Especialização em Segurança Viária, a fim de proporcionar conteúdo e formação de valor motivacional e de transformação para 70 gestores de secretarias de trânsito e órgãos afins de cerca de 50 municípios conveniados ao programa.
As aulas foram realizadas de março a julho nas cidades de São Paulo e Campinas, no qual os participantes trabalharam temas importantes como: a promoção de liderança, planejamento estratégico, gestão de conflitos, ações para reduzir a acidentalidade, fatores de risco e principalmente a gestão da segurança viária.
A cerimônia de formatura aconteceu na tarde da última terça-feira, (07), no Palácio dos Bandeirantes e contou com a participação do Secretário Adjunto Moacir Rossetti, da diretora executiva do CLP, Luana Tavares, e a coordenadora do Movimento, Silvia Lisboa, que reforçaram a importância da formação e contínua pactuação do Movimento Paulista como política pública do Estado.
Impacto
Desde o início do programa, 421 vidas foram salvas, uma redução de 6,9% no número de óbitos no trânsito de São Paulo. O programa instituiu também o Infosiga, uma ferramenta de acompanhamento e monitoramento pela sociedade civil, municípios e mídia dos dados de óbitos no Estado de São Paulo. Segundo dados do Governo Aberto SP, o Infosiga é a segunda base de dados mais acessada do estado, acima do acesso ao Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS).