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Estudo aponta recorde em assassinato de jovens no Brasil

Medido desde 2005, o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) apresenta um retrato da letalidade juvenil que abrange adolescentes no país entre os 12 aos 18 anos. A partir dos dados mais recentes, de 2014, demonstrou que 3,65 em cada mil jovens correm o risco de serem assassinados antes de completar 19 anos. Caso as condições atuais não mudem, estima-se que 43 mil adolescentes possam morrer entre 2015 e 2021.

O estudo foi feito pela Unicef, em conjunto com a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Observatório das Favelas e o Laboratório de Análise da Violência(UERJ), no qual cruzaram os dados oficiais de mortes de jovens por homicídio em 300 municípios com população acima de 100 mil habitantes.

As mortes de crianças menores de 1 ano foram reduzidas de 95.938, em 1990, para 37.501, em 2015. Durante o mesmo período, o número de adolescentes de 10 a 19 anos assassinados aumentou de 4.754 para 10.290, segundo o DATASUS. Das dez capitais mais violentas para adolescentes, o Nordeste concentra sete. Fortaleza lidera – com 10,94 adolescentes assassinados a cada mil. A região Sudeste e o Sul apresentam uma situação menos dramática. As estatísticas mostram que homens têm 13,5 mais risco de serem vítimas do que mulheres. O perigo para jovens negros é 2,8 vezes maior na comparação com brancos.

Para Luciana Brilhante, coordenadora do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente, uma organização sem fins lucrativos que atua no setor, tem havido uma inversão de prioridades, com ausência de investimento em políticas públicas para jovens. 

Esses dados sublinham a urgência de adotar políticas de prevenção específicas para os adolescentes. As políticas preventivas devem ser focalizadas no perfil das principais vítimas, adolescentes negros de sexo masculino que são mortos com armas de fogo.  

 

Conheça o estudo.

 

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