Durante debate sobre o empreendedorismo e a gestão pública, os convidados defenderam a tese de que, cada vez mais, os governantes terão que aceitar a implementação de novidades tecnológicas
As inovações tecnológicas terão espaço cada vez maior na agenda das administrações públicas. A conclusão é dos convidados que participaram nesta quarta-feira (29/06) do painel “Inovação, Tecnologia e Governo”, promovido pelo Brazil Lab.
Para o head de digital do grupo ABC, Bob Wolheim, o mundo vive hoje um período muito peculiar com a entrada de uma nova era em que a informação é o grande mote. "O que vai mudar é a tecnologia. Está havendo uma digitalização do mundo hoje. E isso é bom", disse Wolheim.
Nesta nova realidade, mais dinâmica e ágil, em que a tecnologia se faz cada vez mais presente, o governante que quiser ter sucesso terá de ser mais flexível para adotar soluções capazes de mudar a vida da população em todas as áreas, incluindo saúde, educação e sustentabilidade ambiental, os challenges propostos pelo Brazil Lab.
O mundo tecnológico é muito mais objetivo, e não permite que subjetividades e diferentes interpretações abram brechas para uma tomada diferente de rumos. Os governos que não se adaptarem a esse novo momento vão naturalmente acabar ficando para trás, vendo o rolo compressor passando por cima.
Entusiasta desta nova era tecnológica, o co-criador do site Votenaweb Fernando Barreto diz que a sociedade precisa tomar frente e começar a debater seus problemas e não deixar apenas nas mão dos políticos. Neste mundo em constante mudança, em que governantes ainda mostram resistência a alguma inovações, Barreto diz que o maior agente transformador da realidade é o próprio cidadão.
Como exemplo desta nova realidade, o COO da Microsoft Participações, Franklin Luzes, que se apresentou ao final do debate, citou as cidades inteligentes. Ele as classifica como ‘Digitais’, em que a intensa troca de dados facilita a execução dos serviços públicos; as ‘Sustentáveis’, que através da tecnologia conseguem realizar o acompanhamento de possíveis desperdícios e acidentes prejudiciais ao meio-ambiente; e as ‘Seguras’, em que o monitoramento tecnológico de ruas e estabelecimentos públicos só vem para melhorar a qualidade da segurança pública das cidades em que o problema é grande. “Fazer um mundo melhor. Deveríamos pensar nisso”, diz Franklin.