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Entenda por que alguns projetos públicos não saem do papel

 
 

Liderança não é um dom especial possuído por poucas pessoas. Como já tratamos por aqui, o CLP vê a Liderança como uma ação, um momento onde o sujeito assume as responsabilidades e consegue conduzir a equipe em direção a um objetivo (ver link). Infelizmente, nem todas as pessoas colocadas em cargos estratégicos sabem como fazer isso e acabam cometendo erros que impedem boas políticas de avançarem. Reunimos aqui os principais erros cometidos por gestores públicos que acabam por travar projetos e impedir que eles se realizem.

   

Liderança descrente

dos principais fatores de impacto na produtividade de uma equipe é o engajamento. Independente da área de atuação, uma equipe engajada é capaz de comprar os desafios e realizar feitos muito melhores em comparação a times desmotivados. Porém, é impossível que um time consiga se engajar se a própria liderança à frente do projeto não acreditar no que está fazendo. Logo, um líder que não acredita no próprio trabalho e nos próprios objetivos está fadado a liderar um time desanimado e sem rumo.

Confira a matéria que fizemos sobre engajamento no Setor Público.

Papéis pouco claros

Muitas vezes, o problema está na comunicação. Ou melhor, na não-comunicação. Uma equipe que não se comunica e não tem papéis claros acaba trocando os pés pelas mãos. É necessário haver uma boa divisão das responsabilidades, clareza na relação entre as pessoas e as áreas e impedir que subgrupos realizem as mesmas tarefas. Pessoas com visões e objetivos diferentes tocando o mesmo projeto acabam não atingindo nenhum dos objetivos. A falta de proatividade da equipe somada à falta de comunicação cria um ambiente confuso onde nenhum projeto é capaz de se desenvolver. Cada indivíduo deve conhecer seu papel e entender qual sua parte naquilo, ter um senso de responsabilidade e pensar como parte da equipe e não como uma engrenagem solta.

Pensamento puramente técnico

Aqui está um dos principais erros de qualquer liderança: achar que todo problema pode ser resolvido de forma técnica. Por trás de todo grande desafio técnico há a necessidade de uma mudança de cultura da organização. Essa incapacidade de reconhecer os erros e entender que é preciso mudar a forma de pensar e agir da organização acaba por matar projetos antes deles nascerem. É preciso uma readaptação na forma de pensar da organização quando queremos resolver desafios mais complexos, evitando assim a perda de tempo em repetir as mesmas ações, puramente técnicas, que resolvem o problema a curto prazo, mas não impedem que ele volte a ocorrer. Uma situação comum é a busca por culpados e não por soluções. Em vez de perder tempo buscando quem cometeu o erro, o líder deve buscar uma solução, encontrar a raiz do problema e atacá-la. Porém, o excesso de apego às questões puramente técnicas acaba nublando a visão do gestor e o impede de ver além.

Você sabe a diferença entre desafios técnicos e adaptativos? Nós explicamos aqui.

Falta de visão

Existem situações onde precisamos nos afastar para termos uma visão do todo. Essa incapacidade de ver como nossas ações contribuem de forma positiva ou negativa no sistema, aliada ao fato de que muitos projetos demoram para mostrar resultados, acaba por desmotivar os servidores. A falta de visão holística gera um déficit estratégico e impede o gestor de ver o verdadeiro problema. É a conhecida situação onde o gestor e sua equipe apenas “apagam incêndios” e em meio a esse desespero por resolver problemas acabam não conseguindo tempo para planejar as próximas ações.

Medo da descontinuidade

De quatro em quatro anos, há a possibilidade de mudança em toda a conjuntura política de um estado, município e do País. Muitas vezes, com essa mudança vem a descontinuidade das políticas e projetos adotados pelo governante anterior. A falta de um apoio institucional capaz de tornar uma política pública algo mais forte, acaba gerando um medo de que todo o trabalho do gestor público caia por terra. Esse receio muitas vezes paralisa um time inteiro. É necessário que os projetos e políticas públicas se tornem “naturais” para o Estado, que se consolidem solidamente. Uma política pública de sucesso ganha apoio da população e torna-se impossível destruir esse legado.

Conheça a Liderança Adaptativa, o conceito que guia as ações do CLP.

Faça aqui sua inscrição.

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