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Gestores internacionais apontam os maiores desafios na transição de governos em evento promovido pelo CLP

Com o objetivo de debater a composição e eficiência dos Governos de Transição, o CLP – Liderança Pública realizou em 24 de novembro, no Instituto Tomie Ohtake, o 1º Encontro Nacional de Liderança e Gestão Pública. O evento contou com a participação de gestores nacionais e internacionais em diversas áreas de atuação, que descreveram experiências bem-sucedidas na continuidade de políticas públicas durante a mudança de administração.

“Organizamos esse encontro com o objetivo de trocar experiências para garantir que as boas políticas públicas continuem acontecendo. O modelo de gestão de pessoas no setor público precisa ser mais efetivo e somos nós que vamos fazer a diferença”, afirmou Luana Tavares, diretora executiva do CLP.

A transição de governos depende, sobretudo, de planejamento e corpo técnico qualificado, de acordo com Lord Wood of Anfield, membro do parlamento britânico e professor da universidade de Oxford. “Criar políticas sérias é absolutamente crucial nos governos de transição. Isso começa ao entender que a campanha eleitoral, a transição e o governo recém-eleito necessitam de equipes distintas, ou seja, pessoas que sejam realmente competentes para atuar em cada etapa”, explicou.

Ainda entre os representantes internacionais do encontro, Fernando Silva, responsável por casos de gestão de pessoas no setor público do governo do Chile, falou sobre os processos recentes de transição de governos no país, que ocupa atualmente a 26ª posição no ranking de percepção de corrupção, de acordo com o Fórum Econômico Mundial. “É um processo contracultural convencer um ministro ou um governador a não fazer uma indicação pessoal para cargos públicos. Esses lugares precisam ser ocupados por pessoas com conhecimentos técnicos”, enalteceu.

Outro fator que contribui para a transição de governo é a colaboração da administração anterior. Para Natasha Nunes, assessora de Equipe de Transição do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, o mais importante do processo é o “tom de quem está saindo, do futuro governante os técnicos que estão trabalhando nessa mudança”, confirmou. “É um exercício de paciência, humildade e resignação, mas que reflete diretamente nos resultados do governo seguinte”, concluiu Natasha.

Em Santos, município do litoral sul de São Paulo, boa parte dos 12 mil servidores da cidade passou a contar com um modelo incomum implementado pela prefeitura: plano de metas para secretarias. A administração municipal passou a implementar metas e pagar bonificação para gestores que estão tendo bom desempenho, conforme contou Rosandra Padron, funcionária de carreira de Santos e Líder MLG que atuou na concepção e desenvolvimento da área de Gestão de Pessoas em Santos (SP).“Se o gestor público estiver comprometida com a gestão os resultados entregues serão satisfatórios. Dentro do nosso modelo de gestão, posso destacar de forma fundamental a participação das pessoas. É o envolvimento delas que garante o sucesso da política pública”, explicou.

O 1º Encontro Nacional de Liderança e Gestão Pública também promoveu o prêmio liderança pública em três categorias: líder destaque, impacto MLG e legado CLP. O objetivo das premiações é reconhecer boas práticas que contribuam para uma gestão pública mais eficiente.

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