Foto: CLP
O Diretor-Presidente do Centro de Liderança Pública-CLP, o cientista político Luiz Felipe d'Avila, afirmou durante palestra na 3ª edição do curso Liderança, Gestão e Competitividade – LGC que um líder competente tem capacidade de gerar resultados mais positivos em uma organização pública ou privada.
Na visão de d'Avila, que palestrou para uma plateia formada por gestores, técnicos e representantes de cinco estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pará e Goiás), boas iniciativas acabam não conseguindo obter êxito por conta da falta de habilidade em liderar por parte dos gestores. Segundo ele, um bom líder é aquele que, entre outras coisas, consegue conquistar a confiança de seus comandados, mostrando-lhes a real dimensão dos problemas, e tornando-lhes parte do processo de busca pela solução.
Um dos grandes desafios do gestor público, de acordo com d'Avila, é mobilizar e engajar as pessoas a fim de tornar possível a institucionalização das mudanças aplicadas durante seu mandato. Mudanças que, de maneira geral, enfrentam resistência por parte da sociedade já acostumada a certa legislação, cultura e processos.
d'Avila, que tem formação em ciência política, diz que o mundo vive um período escasso de boas lideranças, citando chefes de Estado e candidatos a cargos elevados que preferem fazer uso do ultraconservadorismo como forma de provar poder. Muitos deles, segundo o palestrante, confundem liderança com autoridade.
COMO LIDERAR
Pelos conceitos dele, autoridade é quem procura indicar direções e fornecer proteção, em prol do estabelecimento de uma ordem confortável a seus comandados. Na contramão disso, um líder competente seria aquele que inspirasse valores nas pessoas, que conseguisse transmitir a elas o propósito de suas ações, e que fomentasse nelas o desejo de se buscar soluções.
A dificuldade de quem quer liderar é justamente essa: conseguir fazer as pessoas confrontarem a realidade quando não se há um senso de urgência, podendo gerar um desconforto e trazendo riscos inclusive para uma carreira política. Nas palavras do cientista político, “grandes mudanças, grandes riscos”. Alterar hábitos e valores já estabelecidos em um grupo, de forma a mexer com o brio dessas pessoas é um desafio. A questão é saber do quanto estão dispostos a abrir mão, gestor e comandados, para um beneficio maior a todos.
O curso Liderança, Gestão e Competitividade atua justamente para fortalecer os gestores estaduais para que eles tenham maior capacidade de eleger suas prioridades e desenvolver planos de ação que ajudem a melhorar a competitividade dos estados, com serviços públicos de qualidade e bom ambiente de negócios. O curso utiliza o Ranking de Competitividade dos Estados como cenário e ponto de partida para ajudar os governos estaduais a enfrentar os desafios da competitividade.